Especialmente para meus alunos e ex-alunos. Acabo de ler o delicioso "A vida que ninguém vê", de Eliane Brum, uma das melhores repórteres do Brasil (se não for a melhor, incluindo aí os homens). Esse livro é antigo, de 2006, mas só agora consegui ler. Li também "O olho da rua".
Aulas de jornalismo na veia.
Curioso que na página 190 deo "A vida que ninguém vê", ela escreve: "(...) tenho a pretensão de que este livro seja lido nas faculdades de Jornalismo (com J caixa alta". Esse vai ser; o "Olho da rua" foi lido para os meus alunos há alguns dias. Alguns trechos, claro. Na página 195, Eliana diz que teve um Mestre (de verdade, não de "papel passado") na faculdade, Marques Leonam (seu parente, Mestre Carlos Leonam?). O cara dizia pra ela: "Lei Leonam número um: repórter não tem o direito de ser ingênuo.Lei Leonam número dois: repórter não tem o direito de ser ingênuo".
Caracolis! Este humilde jornalista e prof que escreve estas mal traçadas diz isso há anos. Tomara que algum ex-aluno aqui se lembre disso. E olha que estou muito longe de ser o Eliane Brum de calça comprida. No posfácio outro Mestre de verdade, Ricardo Kotscho, escreve sobre Eliane: "Escalada para cobrir a inauguração do primeiro Mc Donald´s de Porto Alegre (...) Eliane encontrou o primeiro filão que a diferenciaria dos outros repórteres. Em vez de fazer o registro burocrático habitual, ela puxou conversa com os aposentados que frequentavam a praça (...). Eliana procurava fugir da vala comum da pauta, cavando sua própria história".
Muitas vezes meus alunos me perguntam: "O que é um bom repórter?", "O que é um bom texto?". É Eliane Brum. Como no exemplo da página abaixo.
Tem outro livro da Eliane que não li e que não consigo encontrar, "Coluna Prestes, o avesso da lenda" (esgotado).
E outro que vai sair agora no final do mês de junho (escrevo em 19 de junho de 2013) e que já encomendei pela internet, "A menina quebrada".
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