terça-feira, 3 de julho de 2012
"Exclusiva", Annalena McAfee
Leia a sinopse (Publifolha) abaixo e o link para a entrevista com a autora publicada no caderno "Ilustríssima", da Folha de S. Paulo, no último domingo.
Janeiro de 1997. A popularização da internet anuncia uma crise no jornalismo escrito, crise esta que passa - em graus variados de negação - despercebida pelas grandes redações. Mesmo a jovem Tamara Sim, responsável por uma coluna sobre celebridades no jornal The Monitor, parece descrente do futuro digital de sua profissão. O que ela quer é migrar da página de fofocas para o prestigioso suplemento literário que o The Monitor publica aos domingos. A chance vem na forma de um perfil da septuagenária Honor Tait, lendária correspondente de guerra e uma das decanas do jornalismo inglês. O encontro entre as duas não podia ser mais desastroso.
Em meio a um clima hostil e de desconfiança, Tamara investigará a fundo o passado de Honor Tait, enquanto a correspondente constata o declínio de seu prestígio e poder. Quanto mais Tamara tenta desvendar os segredos de Tait, mais ela se retrai em sucessivas cortinas de fumaça. Mas, afinal, o que ela estaria escondendo? O perfil de Tait acabará se tornando a peça-chave de uma intriga digna das melhores páginas do noticiário. Entre prazos desumanos e mentiras escandalosas, o abismo de gerações que separa repórter e personagem promete se fechar ruidosamente.
É o que basta para McAfee, ela mesma uma jornalista tarimbada, lançar um olhar ácido e crítico sobre o passado e o futuro de sua profissão. Na veia de grandes sátiras ao jornalismo, como Furo, de Evelyn Waugh, Exclusiva se utiliza dos meandros de uma sala de redação para zombar não apenas de repórteres e editores, mas da própria lógica da batida frase "toda história tem dois lados".
Para ler a entrevista, clique aqui.
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